terça-feira, 14 de abril de 2009


E então ela o olhou ali jogado, morto e gelado por inteiro. Matara-o. Quisera-o. Mas nada saiu como o planejado. Em seus sonhos ela idealizava uma vida impossível. Pelo menos em seu caso perdido. Uma vida na qual a inconstância perdia-se com a insônia, era deixada do lado de fora da porta do seu quarto. Só a entrada dele era permitida. Ela havia preparado tudo, como devia ser. Tinha perdido horas de sono confabulando pretextos que o fizessem ficar mais um pouco. Havia ajeitado a cama, havia escondido os chinelos velhos, trocado a toalha do banheiro e perfumado o quarto com suas canções de amor. Tudo pra que ele se apaixonasse. Ela esperou – e ele não veio. Ela esperou até não agüentar mais, até que suas entranhas berrassem por compaixão – VENHA! - Mas ele nem sequer pensou em aparecer.
Então ela foi até ele. O suor escorrendo pelas mãos, duras, insensíveis. Algo a fizera mudar, endureceu o seu afeto. O pouco que lhe restava, seria feito.

4 comentários:

  1. Muito bom seu texto! Se não me engano, já aconteceu uma situação parecida comigo.
    Obrigado pelo comentário no meu blog.^^

    Um abraço,sucesso. ;)

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  2. As vezes me canso de esperar por pessoas que sei que não virão, mas insisto em continuar esperando e ao mesmo tempo insisto em me magoar com isso.

    belo texto o seu *-*

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  3. Tu escreve Muito bem cara!
    e: ´´Em seus sonhos ela idealizava uma vida impossível.´´
    Muitas vezes os sonhos não acontece por acharmos sempre q será impossível!
    beijos;
    obrigada pelo coments nu meu blog ^^

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