sexta-feira, 20 de março de 2009


Escolhas que temos de fazer, quando tudo te leva para um caminho, mas teu coração, tua alma – para outro. Aliás, escolhas são traiçoeiras, sempre que nos entregam algo, nos tiram algo também. Muitas vezes não vale à pena, mas somos forçados a escolher, seja entre o que for, não podemos deixar o tempo escolher por nós. Na realidade, podemos até esperar que outros escolham por nós, mas nunca seremos completos. No fundo todos gostamos de termos controle sobre nossas próprias vidas e um dia, depois das escolhas feitas, iríamos nos arrepender de ter deixado tudo na mão de outros. Que certamente vão escolher o que lhes agrada melhor, e ficaremos remoendo a chance que tivemos de acertar tudo isso, mas ao contrário, por pura preguiça ou descaso, ou até mesmo inexperiência, resolvemos passar esse poder inexpugnável à mão de outrem. E por quê? Pra que? Se escolhas são muitas vezes irrevogáveis e únicas, por que não simplesmente as aceitamos e vivemos nossa vida em harmonia com elas? Bem, talvez porque não seja fácil ter de adivinhar o futuro ao escolher algo e ter de deixar outra coisa pra trás. Nosso âmago egoísta, humano, sedento de fartura, não nos acalma. Ele clama por tudo que pode recolher, e nele não estão inclusas a vontade de perder e o conforto de não ter de escolher.

2 comentários:

  1. "Na realidade, podemos até esperar que outros escolham por nós, mas nunca seremos completos. No fundo todos gostamos de termos controle sobre nossas próprias vidas e um dia, depois das escolhas feitas, iríamos nos arrepender de ter deixado tudo na mão de outros."

    as vezes eu até penso em deixar que os outros escolham por mim, mas logo desisto.
    ótimo texto.

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  2. Bem, eu tenho preguiça de escolher. Me sinto infinitamente inferior por causa disso, mas admito, pelo menos. Tenho preguiça de escolher, e é uma preguiça misturada com medo. Ou é o medo que causa a preguiça, sei lá. Só sei que escolhas me assustam, e muito.

    Voltei a postar, depois de três meses. :~ Eu acho que tava - ou ainda tô - numa "crise". Mas parar de escrever? Jamais. :D

    Beiiiijos, gata. ;*

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